Gianfranco Zola (Oliena, 5 de Julho de 1966) é um ex-futebolista italiano. Atualmente, é treinador
do West Ham United.
Zola, também conhecido pelos torcedores azuis como Magic Box, por conta de seus lances geniais,
e de Little Giant, por sua estatura baixa, viveu seus melhores momentos na carreira defendendo o Chelsea, sendo eleito
em sua primeira temporada no país, o melhor jogador do ano. Após sua saída, através de uma votação, Franco foi considerado
o maior jogador da história do clube.
Zola iniciou sua carreira profissional no pequeno Nuorese, que na época disputava divisões inferiores
do futebol italiano. Ficou duas temporadas no clube, quando suas atuações lhe renderam uma transferência para o Torres, que
disputava a mesma divisão do Nuorese. No entanto, atuando pelo Torres, Zola teve uma participação importante na conquista
da Serie C2, seu primeiro título como profissional.
Em 1989, devido a suas atuações, mesmo em clubes pequenos, acabou sendo contratado pelo Napoli, que
na época vivia seu auge no futebol e que contava com o ídolo argentino Maradona. Sendo reserva imediato de Maradona (de quem
ele afirma "ter aprendido tudo o que sabe sobre futebol") em sua primeira temporada no clube, disputou apenas sete partidas,
tendo marcando dois tentos.
Maradona acabou sendo suspenso em março de 1991 por uso de cocaína, e com isso, Zola acabou assumindo
a titularidade dos Partenopei e liderando o clube até a conquista da Copa da Itália daquele ano. Na mesma época, conseguiu
sua primeira convocação para a seleção da Itália. Apesar do título da Copa da Itália, o Napoli não conseguiu manter suas atuações,
e com isso, acabou ganhando dívidas, levando o clube a verder suas estrelas para quitar as dívidas, sendo Gianfranco vendido
ao Parma.
Pelos Gialloblu, Zola teve atuações destacadas que lhe renderam o status de um dos melhores
jogadores de criação da Europa e que ajudaram o Parma a vencer a Supercopa Européia de 1993. Com isso, Zola foi um dos convocados
para defender a Itália na Copa do Mundo de 1994. Inicialmente foi reserva, mas Franco teve sua chance quando entrou aos vinte
minutos do segundo tempo contra a Nigéria, nas oitavas de final, mas sua atuação durou menos de dez minutos, sendo expulso
logo em seguida.
Apesar do desempenho ruim na copa, Gianfranco voltou bem ao Parma, levando o time italiano ao título
da Copa da UEFA de 1995 e ao vice-campeonato da Copa da Itália da mesma temporada. Mesmo com a conquista de resultados em
campo, aos poucos Zola foi perdendo espaço na equipe. Pesava contra Zola o bom desempenho de seus concorrentes, mas principalmente
a má vontade de Carlo Ancelotti de adequar o seu rígido esquema tático ao estilo de jogo leve e criativo de Franco.
Com atuações apagadas, nas quais jogava fora de posição, Zola acabou sendo negociado com o Chelsea,
da Inglaterra, em novembro de 1996 pelo valor de quatro milhões e meio de libras. Antes disso, em julho do mesmo ano, o atacante
defendeu a Squadra Azzurra na péssima campanha da Eurocopa de 1996, na qual foi eliminada ainda na primeira fase.
Zola se adaptou rapidamente ao estilo do futebol inglês, mesmo não tendo começado a temporada no início, sendo uma peça importante na conquista do título
da Copa da Inglaterra de 1997 com seus lances habilidosos e lindos gols. Após o término da temporada, Franco foi eleito o
melhor jogador na Inglaterra, sendo o único a conquistar o prêmio sem jogar a temporada inteira e também o primeiro jogador
do Chelsea a ganhar a honraria.
Em sua segunda temporada, Zola ajudou o clube a conquistar mais três títulos (Copa da Liga, Recopa
e Supercopa Européia). Na final da Recopa, disputada contra o alemão VfB Stuttgart, Zola foi o grande herói na conquista,
saindo do banco de reservas aos vinte e cinco minutos do segundo tempo e, em apenas vinte segundos, após lançamento de Dennis
Wise, marcando o gol do primeiro título europeu do clube e seu.
Com a idade pesando, acabou perdendo espaço na equipe titular, mas sendo importante na conquista de
mais uma Copa da Inglaterra, e um dos responsáveis pela classificação da equipe para a Liga dos Campeões da UEFA. Nas duas
temporadas seguintes, o seu desempenho estava cada vez mais inferior ao que o fez ganhar o prêmio de melhor em 1997, servindo
quase sempre como uma alternativa à dupla titular de ataque, que na época era formanada pelo holandês Hasselbaink e o islandês
Guðjohnsen. Com isso, em sua última temporada no clube, viveu bons momentos, anotando dezesseis tentos no campeonato, e ajudando
a equipe a classificar-se para mais uma Liga.
Acabou se transferindo em 2003 para o Cagliari, da Sardenha, para encerrar a carreira em 2005. Logo
após sua saída do Chelsea, Zola foi eleito o maior jogador da história do clube e seu número (25) foi aposentado. Durante
esse período, Roman Abramovich, que havia acabado de comprar o Chelsea, tentou trazê-lo de volta, mas não obteve sucesso.
Boatos veiculados à época chegaram até a dar conta de que o magnata russo tentou comprar o Cagliari inteiro para fazer com
que Zola mudasse de ideia, informação que nunca foi confirmada por ele.
Em 2006, Zola iniciou sua carreira de treinador, assumindo o cargo de assistente de Pierluigi Casiraghi
na seleção italiana sub-21. A dupla, que tinham sido companheiros no Chelsea, levou a Azzurri a classificação aos Jogos
Olímpicos de 2008, onde acabou ficando nas quartas de final, quando foi eliminada pela Bélgica (3 a 2).
Em 9 de setembro de 2008, Zola assinou um contrato de três anos com o West Ham United, da Inglaterra,
substituindo Alan Curbishley, que se demitiu após divergências com a diretoria. Ele foi apresentado como treinador do clube
em 11 de setembro, apesar de não ter a licença necessária da UEFA para trabalhar como treinador. Zola, apesar der ser ídolo
do rival Chelsea, rapidamente ganhou o apoio dos torcedores. No entanto, ele ainda recebeu aplausos dos torcedores do Chelsea
quando chegou ao Stamford Bridge, para uma partida na Premier League. Em abril de 2009, Zola renovou seu contrato com a equipe
de Upton Park até 2013.