Desejando, entretanto, jogar por outro Estrela, o Vermelha de Belgrado, time que torcia na infância
(possui origem sérvia. Seu nome é uma adaptação ao romeno do original em sérvio cirílico Миодраг
Белодедић, "Miodrag Belodedić"), Belodedici desertou do país
em 1988 - quando regime ditatorial de Nicolae Ceauşescu ainda governava o país - para a mais moderada Iugoslávia.
Após ser visto em Belgrado, tentou imediatamente contactar os dirigentes do Estrela, que o contrataram
após constatarem sua participação no título europeu de 1986. Belodedici acabou condenado in absentia na Romênia a dez
anos de prisão, pena extinta após a Revolução Romena de 1989.
No Estrela, ganhou sua segunda Copa dos Campeões em 1991, a primeira e única de uma equipe iugoslava
(e, por conseguinte, sérvia) - o que faz dele o único a participar dos dois títulos de equipes da Europa Oriental no mais
importante torneio de clubes do continente.
Após o título da Copa dos Campeões, Belodedici passou a ser assediado nos principais centros europeus,
e em 1992 fechou com o Valencia. Na Espanha, passaria ainda por Real Valladolid e Villarreal, saindo do país em 1996 para
jogar no Atlante, do México.
Retornou ao Steaua em 1998 e encerrou lá encerrou a carreira, em 2001, após conquistar seu quinto campeonato
romeno.
O primeiro jogo ocorreu em 1984. Com a sua deserção em 1988, Belodedici ficaria os próximos quatro
anos sem ser chamado, voltando em 1992 a ser convocado pela Seleção Romena (o que lhe custou a presença na Copa do Mundo de
1990). Foi chamado para a Copa do Mundo de 1994, no que acabou sendo sua única Copa; embora os romenos tenham surpreendentemente
chegado às quartas-de-final, eliminando no caminho a Argentina, foram eliminados nas disputas por pênaltis pela Suécia - e
Belodedici acabou perdendo a cobrança decisiva.
Um ano antes de encerrar definitivamente a carreira, jogara pela Romênia seu último torneio, a Eurocopa
2000. Não chamado para a Copa do Mundo de 1998, havia disputado também a Euro 1996.