Dotado de grande talento, seu futebol pouco se modificou ao longo dos anos, fazendo sucesso e gols
pelos times por qual passou. Teve especial destaque no Celtic, sendo quatro vezes campeão escocês, além de ter sido cinco
vezes artilheiro da Liga Escocesa - quatro delas, seguidas. Tornou-se tão querido da torcida dos Bhoyz que é o único
não-escocês eleito oficialmente no time dos sonhos do clube. Uma de suas artilharias foi a maior do continente, em 2001, lhe
rendendo uma chuteira de ouro.
No âmbito internacional, sua passagem pelo Barcelona é mais lembrada. Chegou lá após uma boa temporada
2003/2004, em que foi campeão do campeonato e da Copa escoceses, além de fazer uma boa Eurocopa 2004 pela Suécia. Ficaria
no Barça apenas dois anos, em ambos sendo campeão espanhol e, o mais importante, despedindo-se com atuação decisiva
na final da Liga dos Campeões da UEFA: em partida apagada do astro Ronaldinho Gaúcho, foram de seus pés que saíram as assistências
para os gols de Samuel Eto'o e Belletti que virariam em quatro minutos a partida.
Após o término dessa competição, anunciou o sua volta ao futebol sueco, jogando no clube de sua cidade
natal, o Helsinborgs. No período, chegou a atuar emprestado em passagem curta, mas elogiada, ao Manchester United
no início de 2007, quando o futebol sueco passava por recesso devido ao inverno local.
No Helsinborgs, realizou seu jogo de despedida em 28 de outubro de 2009, sendo homenageado por dois
de seus ex-técnicos, Lars Lagerbäck (Seleção Sueca) e Alex Ferguson (Manchester United) e seu sucessor como principal jogador
do país, Zlatan Ibrahimović.
Larsson fez parte da Seleção Sueca presente nos mundiais de 1994, 2002 e 2006. No primeiro, ainda era
um garoto coadjuvante no time de Thomas Ravelli, Jonas Thern, Klas Ingesson, Tomas Brolin, Martin Dahlin e Kennet Andersson,
destacando-se mais por seus dreadlocks.
A vasta cabeleira já havia dado lugar à careca em sua segunda Copa, em que ele, agora um veterano,
era agora o líder dos nórdicos, marcando três gols - os dois da virada sobre a Nigéria, na primeira fase, e contra o Senegal,
nas oitavas-de-final, quando a Suécia foi eliminada.
Embora tenha chegado com respeito ao terceiro, muito por conta por seus dois títulos nacionais seguidos
e seu belo desempenho na final da Champions League pelo Barcelona, já havia deixado de ser a principal referência da
Seleção, posto ocupado por Zlatan Ibrahimović (seu reserva em 2002), que vinha também de dois títulos nacionais seguidos
(posteriormente anulados) por seu clube, a Juventus. Entretanto, os escandinavos não fariam uma Copa vistosa, e Larsson acabaria
ainda desperdiçando pênalti que poderia levar a equipe a uma reação nas oitavas-de-final, contra a anfitriã Alemanha, que
já vencia por 2 a 0 e acabaria classificada.
Larsson jogou também as Eurocopas de 2000, 2004 e 2008. Na primeira, a Suécia
decepcionou e ficou em último. Na segunda, marcou três vezes na primeira fase, liderada pelo país. Foi levado à terceira após
ter chegado a aposentar-se da Seleção, que voltou a cair na primeira fase. Anunciou sua aposentadoria definitiva da Suécia
em 12 de outubro de 2009, e seu último jogo foi dois dias depois, na goleada sobre a Albânia. O país, entretanto, acabaria
eliminado das disputas para a Copa do Mundo de 2010.
Em 2004, o goleador foi eleito o melhor jogador da Suécia dos cinquenta anos da UEFA, nos Prêmios do
Jubileu da entidade, superando consagrados concorrentes como Gunnar Gren, Gunnar Nordahl, Nils Liedholm, Lennart Skoglund
e, mais recentemente, Tomas Brolin.
Recentemente aceitou o cargo para se tornar tecnico da equipe do Landskrona da Segunda divisão sueca.